— Em Montevideo você fez seus primeiros shows grandes, para milhares de pessoas. O que você lembra disso?
— Eram as primeiras vezes que fazia meu show para tanta gente, e a euforia, nesse teatro (Teatro de Verano), onde você vê toda a gente, foi muito bom. Lembro da emoção de um primeiro show maior, mais respeito pelo o que eu vinha fazendo.
— O que você vinha fazendo?
— Teatros em Buenos Aires, lindos mas pequenos. E, de repente, estava na frente de quatro mil pessoas, era um pouco forte. Agora, segue sendo, óbvio, o que se acostuma perde. Mas esse momento foi muito especial.
— Como está vivendo essa nova turnê com Soy?
— Feliz. Amo fazer a turnê pelo interior da Argentina, depois começa a loucura viajando por outros países, tudo isso que não terminamos de entender. Mas viajar pelo meu país, chegar a um lugar e que te recebem com todo esse amor, e fazer esse show muito ambicioso... Os mais jovens dizem que nunca tinham visto algo assim, vemos suas caras e é uma emoção muito grande.
— Sobre o espetáculo em si, você conseguiu fazer o que queria?
— Sim. Obviamente que o show que eu iniciei, no Teatro Ópera, tinha umas questões técnicas muito grandes, que não posso levar na turnê. Mas fizemos outras versões do show, que está muito bom e desfrutamos muito.
— Nas redes sociais, sempre te vemos com amigos e família. Você gosta de ficar sozinha?
— Muito. Gosto, vivo sozinha, assim que quando estou em Buenos Aires, e particularmente estou pouco por lá, adoro ficar sozinha. Ao menos tempo adoro ser anfitriã, convidar uma amiga para jantar, gosto muito do social.
— Você cozinha?
— Do que você está falando? (ri) Não, peço muitas vezes, e tenho amigos e familiares que cozinham muito bem.
— Em Montevideo houve meninas que acamparam para a sua noite de autógrafos. O que você sente quando descobre que há gente dormindo em uma escada para depois te ver por apenas dois minutos?
— Não sei, é muito louco porque a gente não chega a ter noção do que realmente significa para essa pessoa. Mas porque na vida dessa pessoa você significa algo que, realmente, você não pensa em você mesmo nesses términos. Eu sei que trabalho para gerar emoção e para que tenha um público do outro lado que receba, e coloco a alma e o coração, é ao que me dedico. Mas não me levanto todas as manhãs e digo: sou um ser especial. E as crianças pensam que somos especiais, então é muito difícil entender a valentia de fazer essas coisas. De esperar horas, de estar acampando, morrer de frio, então a única maneira é ir para os autógrafos e mesmo que sejam dois minutos, que sejam os dois minutos mais especiais. Sim, estou sorrindo há quatro horas, mas estou feliz de verdade. Eu também me divirto muito, tento não perder a noção disso. Se tão rápido você perde o encanto, algo vai falhar.
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